Imasul lança sistema para controlar emissão de gases poluentes em MS
Ferramenta digital é voltada a quem impacta o meio ambiente, com foco na meta de carbono neutro
| KAMILA ALCâNTARA / CAMPO GRANDE NEWS
O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) lançou, nesta terça-feira (10), o sistema CarbonControl, plataforma digital que vai monitorar e registrar emissões e remoções de GEE (gases de efeito estufa). A apresentação foi durante a abertura do III Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, que acontece em Bonito.
O novo sistema promete dar mais agilidade no envio de dados e no cálculo do balanço de carbono, principalmente por parte de empresas e pessoas que desenvolvem atividades com impacto ambiental. Segundo o Imasul, a ferramenta também deve facilitar a análise técnica dos inventários, sejam eles obrigatórios (em processos de licenciamento ambiental) ou voluntários.
A exigência de envio dos inventários foi estabelecida pela Resolução nº 23/2023 da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). O objetivo é contribuir para que Mato Grosso do Sul atinja a meta de se tornar um território carbono neutro até 2030, como prevê o Proclima (Programa Estadual de Mudanças Climáticas).
'Com o Proclima, estabelecemos medidas concretas para atingir essa meta. A apresentação do inventário de gases de efeito estufa ou a ser exigida nos licenciamentos, e agora teremos uma ferramenta para consolidar essas informações', afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
O diretor-presidente do Imasul, André Borges, destacou que o CarbonControl representa um avanço tecnológico. “Moderniza os processos, traz mais transparência e reforça nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável', afirmou durante o fórum.
Quem deve usar - O uso do sistema será obrigatório para pessoas físicas e jurídicas cujas atividades resultem em emissão ou remoção de GEE. Isso vale para operações rurais e urbanas, sejam elas ligadas ou não ao CARMS (Cadastro Ambiental Rural de MS).
O sistema monitora diversas fontes de emissão, como:
- Combustão estacionária (queima de combustíveis em caldeiras e usinas);
- Combustão móvel (veículos como carros e caminhões);
- Emissões fugitivas (vazamentos em sistemas de refrigeração ou gasodutos);
- Atividades industriais (como produção de cimento);
- Setor agrícola (uso de fertilizantes e fermentação entérica em animais);
- Mudança no uso do solo (desmatamento e conversão de áreas naturais);
- Tratamento de resíduos sólidos e efluentes líquidos (como compostagem e aterros).
A plataforma é integrada ao CARMS e segue os critérios do GHG Protocol Brasil, padrão usado para calcular emissões e remoções. Técnicos responsáveis deverão calcular as remoções de carbono com base em normas do Imasul e da Semadesc, e inserir os dados na plataforma.
No final, será gerado um relatório detalhado, que poderá servir de base para estratégias de redução de impacto ambiental por parte dos empreendimentos.
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